“Manifestações foram manipuladas por partidos de esquerda”, diz Geraldo

04/05/2017

“Manifestações foram manipuladas por partidos de esquerda”, diz Geraldo

04/05/2017

“Manifestações foram manipuladas por partidos de esquerda”, diz Geraldo

Apesar de ter se posicionado contrário as reformas, Geraldo Ferreira, presidente do Sindicato dos Médicos do Rio Grande do Norte, explica os motivos pelos quais o Sindicato dos Médicos do RN optou por não participar das manifestações ocorridas na última sexta-feira em Natal, que contou, segundo a organização, com mais de 80 mil pessoas. Segundo Ferreira, houve uma manipulação nos ideais dos protestos que partiram de partidos esquerdistas, algo não compactuado pelo Sinmed.

“Creio que as manifestações tinham um foco importante sim, o de impedir que as reformas fossem aprovadas sem que antes existam discussões para melhorar alguns pontos delas. Entretanto, no nosso ponto de vista, elas foram manipuladas.
Por isso realizamos um ato à parte. Percebi que por trás desse movimento todo de sexta passada estava o PT, querendo ressuscitar o que o foi enterrado ainda no ano passado com o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff”, acusou.

Na segunda-feira 01, o Sinmed-RN aproveitou que representantes da Fenam (Federação Nacional dos Médicos) estavam em Natal para realizar uma mobilização contra os avanços das reformas. Também participaram da movimentação os sindicatos estaduais da Saúde, Sinpern, Força Sindical, Sinttar e Soern.

Na última sexta-feira 28, milhares de brasileiros foram às ruas para protestar contra os avanços das reformas trabalhista e previdenciária, propostas pelo governo do presidente Michel Temer (PMDB) e que tramitam nas Casas Legislativas de Brasília. Apesar do tema ser de amplo interesse público, nem todos as frentes de trabalhadores participaram do ato, como é o caso do Sindicato dos Médicos do Rio Grande do Norte (Sinmed-RN), que optou por um movimento à parte.

Para Geraldo Ferreira, presidente da entidade, as duas reformas que estão tramitando na capital federal são necessárias para o crescimento do país, todavia, carecem de ajustes para que não afetem de maneira tão forte a classe trabalhadora. Partindo deste pensamento, o Sinmed tem se mostrado contrário aos avanços dos dois projetos, sobretudo pela ideia degradadora que está sendo pluralizada em cima das situações.

“Entendemos que as reformas do jeito que estão são uma imposição do Governo. Elas não estão bem elaboradas, precisam ser mais discutidas. Acreditamos, sim, que as reformas são necessárias, mas não da maneira que estão aí. Nesse modelo, elas viriam para tirar o sangue do trabalhador. É preciso que as responsabilidades e os pagamentos dos custos sejam revistos. Até agora o peso tem ficado só com o trabalhador”, disse o sindicalista.

“Falo isso com a consciência tranquila, muito embora muitos acreditem que os sindicatos só estão se posicionando desta forma devido ao fim do imposto sindical. No nosso caso não é isso. Vemos um risco, sim, mas não creio que os sindicatos vão acabar. Hoje, a maioria dos sindicatos de médicos vivem mais das contribuições de seus filiados. Somos contra as reformas da maneira que estão colocadas”, completou.

Na semana passada, a Câmara dos Deputados aprovou, por 296 votos (eram necessários 257) o projeto de lei da reforma trabalhista. Agora, o texto segue para o Senado Federal, onde será apreciado pelos 81 titulares da Casa Legislativa e votado na sequência. Se aprovado sem nenhuma modificação, restará apenas a sanção do presidente Michel Temer para que a mesma entre em vigor.

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