O presidente do Sindicato dos Médicos do Rio Grande do Norte, Geraldo Ferreira, passa a assinar, a partir da próxima quarta-feira (3), artigos semanais no NOVO. Na pagina 4 do impresso, ele vai expressar suas ideias a respeito de assuntos político-sociais para contrapor o que chama de "domínio midiático da esquerda", sempre embasado, segundo diz,  por experiências, vivências e leitura que adquiriu e continua adquirindo nas suas atividades profissionais.
 
"Vivemos uma batalha cultural e quem ganha a mente das pessoas, ganha a guerra e quem ganha a comunicação, ganha o poder. Temos visto predomínio da esquerda na mídia, no campo artístico e na educação. Essas são áreas básicas para promover mudanças na sociedade e eu pretendo contribuir para mostrar o ponto de vista da direita, fruto de minhas vivências, experiências e leituras", argumenta o novo colunista.
 
Mantendo-se sempre atualizado sobre temas atuais, Geraldo diz que vai defender o que acredita ser importante no debate sobre questões polêmicas, como a identidade de gêneros nas escolas, liberação do uso da maconha e política de desarmamento.  
 
"Colocarei em discussão temas atuais, mas sempre definindo o que vem a ser conservadorismo, liberalismo e o que é direita ou esquerda para não confundir com a defesa de ideias ultrapassadas", esclarece. Para ele, nos movimentos que a categoria médica defende está o valor do estudo, do trabalho, do mérito. "Vemos que há tentativa de massificar uma série de pensamentos sobre costumes, tradições, religiões, com visão de mundo que precisam ser debatidas por outras visões de pensamento", analisa Geraldo.
 
Ele define o conservadorismo como algo pragmático, realista e que dá certo, porque diz que não é ultrapassado e nem utópico. "Grande parte da deformação que o mundo se encontra hoje é fruto de uma visão utópica. Está se tentando construir uma imagem de mundo que é fruto de uma tentativa de colocar em prática o socialismo e o comunismo, que não funcionaram", define. Familia, patriotismo, tradição são peças essenciais que Geraldo Ferreira considera para a formação de uma sociedade melhor de se viver e que precisam ser defendidas.
 
Ele argumenta que a direita não é contra as minorias, mas contra a política de manter as pessoas na condição de minorias. "É preciso procurar uma saída, uma alternativa para não aprisionar as pessoas, através de programas de cotas e privilégios, ao invés de buscar melhorias definitivas para livrá-las disso", avalia o sindicalista.
 
Seguindo a linha de pensamento de Geraldo Ferreira, a análise que ele faz é de que esquerda e parte da direita caminharam juntas nos últimos 13 anos para governar o país, mas avalia que houve uma união de interesses pelo poder que fez a direita silenciar até se dar conta de que as ideias esquerdista já não podiam mais sustentar a parceria que considera artifical.
 
Geraldo Ferreira diz que o afastamento da presidente Dilma Rousseff do poder foi uma decisão acertada, que atende aos anseios da população. "O governo Temer está invertendo tudo. Falta muito a ser feito. Precisa de tempo. Temer atende às expectativas do que a classe médica defendeu nas ruas. É diferente do governo anterior e dialoga com o conservadorismo, que pode trazer de volta a ordem", declara Geraldo Ferreira.
 
Na capital potiguar, a guerra entre ideologias discrepantes não está tão evidenciada quanto em nível nacional, segundo Geraldo Ferreira. Integrante do Partido Popular Socialista (PPS), ele diz que o socialismo que pratica tem mais a ver com a justiça social do que o sentido histórico da palavra, que define como  sistema de coletivização dos meios de produção e distribuição, mediante a supressão da propriedade privada e das classes sociais.
 
E, em época de eleições, o seu partido já tem apoio firmado à reeleição do prefeito Carlos Eduardo, que não escolheu ainda seu vice, mas se depender da classe médica, seria o deputado Álvaro Dias (PMDB). “Até esse momento o PPS apoia a reeleição do prefeito. E diria também que a categoria médica tem se posicionado apoiando as candidaturas de colegas médicos, como a de Álvaro Dias para vice-prefeito”, afirma.
 
Geraldo Ferreira chegou a cogitar a possibilidade de disputar a prefeitura, mas preferiu contribuir do lugar em se encontra. “Pelos projetos do sindicato e de toda a categoria de saúde, eu senti que posso contribuir mais nos próximos anos estando onde estou. No plano nacional, como secretário na Federação Nacional dos Médicos, meu trabalho pode ajudar no contato com o Congresso”, avalia.

 

 

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